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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Marie Curie e Radiologia

A pioneira que transformou a radiologia médica

Quando pensamos na história da radiologia médica, é impossível não lembrar de Marie Curie — uma cientista visionária cuja paixão pela ciência mudou para sempre os caminhos da medicina.


Uma trajetória marcada por descobertas revolucionárias


Marie Curie nasceu em 1867, na Polônia, e dedicou sua vida ao estudo da física e da química. Junto com seu marido, Pierre Curie, ela descobriu dois elementos radioativos: polônio e rádio. Seu trabalho com a radioatividade — termo que ela mesma cunhou — abriu portas para diversas aplicações científicas e médicas.


Essas descobertas valeram a Marie Curie dois prêmios Nobel: o de Física (1903, compartilhado com Pierre Curie e Henri Becquerel) e o de Química (1911), por suas pesquisas sobre o rádio e o polônio. Ela foi a primeira pessoa a receber dois prêmios Nobel em áreas diferentes.


O impacto direto na medicina


A descoberta do rádio permitiu que a comunidade científica começasse a explorar as propriedades terapêuticas e diagnósticas da radiação. Marie Curie percebeu que a radiação poderia ser utilizada não apenas para estudar a matéria, mas também para tratar doenças como o câncer, dando início ao que mais tarde se tornaria a radioterapia.


Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie Curie teve outro gesto pioneiro: desenvolveu e coordenou um projeto para equipar ambulâncias com aparelhos de raios-X, criando as chamadas "petites Curies". Com esses veículos, ela e sua equipe conseguiram levar exames radiológicos ao campo de batalha, ajudando a diagnosticar fraturas, localizar projéteis e salvar a vida de milhares de soldados.


O legado para a radiologia médica


O trabalho de Marie Curie foi fundamental para consolidar o uso da radiação na medicina. Graças a suas descobertas, foi possível desenvolver técnicas que hoje são indispensáveis para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças.


Além de suas contribuições científicas, Marie Curie também quebrou barreiras importantes para as mulheres na ciência, tornando-se símbolo de perseverança, coragem e dedicação.


Conclusão


A radiologia médica moderna deve muito a Marie Curie. Sua visão e suas descobertas abriram caminho para que tecnologias como os exames de raios-X, a tomografia computadorizada e a radioterapia se tornassem realidade. Mais do que isso, sua história nos lembra do poder transformador da ciência quando unida à determinação e ao espírito humanitário.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Introdução a Radioproteção

A Origem da Radioproteção e sua Importância para os Profissionais da Radiologia Médica

A radiologia médica é uma área essencial da medicina moderna, desempenhando um papel crucial no diagnóstico e tratamento de várias condições de saúde. No entanto, com os benefícios proporcionados pelas tecnologias baseadas em radiação, também surgem desafios relacionados à proteção dos profissionais e pacientes contra os efeitos nocivos da exposição radiológica.


O Início da Radioproteção


A história da radioproteção remonta ao final do século XIX, logo após a descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Röntgen em 1895 e da radioatividade por Henri Becquerel em 1896. Inicialmente, não havia compreensão sobre os potenciais danos causados pela radiação ionizante. Muitos cientistas e profissionais que trabalhavam com esses avanços sofreram graves consequências de saúde, como queimaduras, lesões cutâneas e até mesmo casos fatais de câncer.


Um marco importante foi a formação, em 1928, da Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP), que estabeleceu as primeiras diretrizes para a proteção contra a radiação ionizante. Desde então, a ciência da radioproteção evoluiu consideravelmente, incorporando avanços tecnológicos e pesquisas científicas que reduziram significativamente os riscos associados ao uso da radiação.


A Importância para os Profissionais da Radiologia Médica


Os profissionais da radiologia médica, como técnicos e tecnólogos em radiologia, estão constantemente expostos às radiações ionizantes em seu ambiente de trabalho. Por isso, o conhecimento e a adoção de medidas de radioproteção são fundamentais para garantir a segurança ocupacional e prevenir efeitos a longo prazo, como o desenvolvimento de doenças relacionadas à radiação.


Medidas como o uso de barreiras de chumbo, aventais plumbíferos, dosímetros individuais e a implementação de protocolos rigorosos de segurança são indispensáveis. Além disso, a capacitação contínua e a atualização em normas e regulamentos são ferramentas importantes para minimizar riscos.


Radioproteção: Um Compromisso com a Vida


A radioproteção não é apenas uma obrigatoriedade legal, mas também um compromisso ético com a segurança e o bem-estar. Ela protege tanto os profissionais que dedicam suas carreiras à saúde dos outros quanto os pacientes que confiam em procedimentos diagnósticos e terapêuticos para melhorar sua qualidade de vida.


Portanto, entender a história e a evolução da radioproteção é essencial para valorizar sua importância e garantir que essa prática continue avançando para um futuro mais seguro na radiologia médica.