A introdução dos raios-X no Brasil marcou um avanço significativo na medicina e na tecnologia no país, possibilitando uma nova era no diagnóstico médico e na pesquisa científica. Descobertos em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, os raios-X rapidamente despertaram interesse global, sendo aplicados nas mais diversas áreas, especialmente na medicina.
No Brasil, a chegada dessa tecnologia ocorreu em 1896, apenas um ano após sua descoberta. O feito foi realizado graças à atuação de cientistas, médicos e engenheiros brasileiros que, atentos às inovações europeias, buscaram trazer a nova tecnologia ao país. Um dos primeiros registros do uso dos raios-X no Brasil foi em Salvador, na Bahia, onde um equipamento foi utilizado para fins médicos e experimentais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a tecnologia também foi rapidamente incorporada, inicialmente em hospitais e laboratórios.
A popularização dos raios-X enfrentou desafios logísticos e financeiros, típicos de um país em processo de modernização. Equipamentos precisavam ser importados, e a formação técnica para o uso e a manutenção das máquinas era limitada. Mesmo assim, a tecnologia avançou, com o apoio de instituições médicas e acadêmicas. Ao longo do século XX, os raios-X tornaram-se ferramentas indispensáveis na prática médica brasileira, sendo utilizados não apenas em diagnósticos clínicos, mas também em odontologia, veterinária e, posteriormente, na indústria e na segurança.
O impacto dos raios-X no Brasil foi transformador, não só no âmbito da saúde, mas também no campo educacional e científico. Sua introdução reforçou o papel do país como um receptor de tecnologias inovadoras e estimulou o desenvolvimento de práticas médicas mais avançadas, beneficiando milhões de brasileiros ao longo das décadas.